top of page

AP09

Oriente Médio em movimento: diásporas árabes na América Latina

Refúgio, diáspora e fluxos migratórios têm figurado com destaque nas dinâmicas do mundo contemporâneo. Assim, observam-se os processos que relacionam Oriente Médio e América Latina, consequência de eventos distintos e localizados, que levaram diferentes grupos e atores sociais a buscar, desde o Oriente Próximo, a América Latina como seus novos “lares”.

 

A diáspora palestina a partir da Nakba, a fuga do Império Otomano, e os recentes eventos na Síria ganham destaque neste painel. Poder e dominação seguem sendo elementos marcantes e distintivos na relação entre Oriente e Ocidente, como proposto por Edward Said desde o lançamento de Orientalismo, em 1978. A construção desta assimetria possibilitou o surgimento de uma pretensa superioridade europeia em diversos termos, sejam estes epistemológicos, econômicos, políticos, entre outros.

 

A crítica ao orientalismo possui, assim, diversas dimensões, dentre as quais a noção de equiparação do conhecimento, da construção de ciências mais ou menos legítimas, e à construção de estereótipos e imagens depreciativas de “outros não ocidentais”.

 

Constatar as assimetrias nas relações de poder presentes desde a fundação das teorias sobre o “outro”, nos processos coloniais, permite-nos compreender as estruturas, escamoteadas em relações políticas contemporâneas, que embasam os chamados extermínios étnicos e os fluxos diaspóricos e migratórios, dentre os quais árabes são protagonistas e, por consequência, também palestinos o são. Isto posto, esse painel objetiva refletir sobre as produções etnográficas acerca de árabes no Brasil e na América Latina, bem como os processos identitários e políticos que se desdobram, se constroem e se atualizam a partir dos processos migratórios.

 

Palavras-chave: migração, diáspora, refúgio, América Latina, Oriente Médio.

Coordenadores:

Bárbara Caramuru (PPGAS/UFSC)

Rafael Gustavo de Oliveira (UFPR)

Lista de Resumos Aprovados

Sessão 1 - 10 de outubro de 2019 – 8h30min às 11h30min


 

UMA PALESTINA MAIOR: REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS ACERCA DAS REPRESENTAÇÕES DE TERRITORIALIDADE SOBRE PALESTINA

 

Rafael Gustavo de Oliveira (UFPR)

 

Pensar a Palestina a partir apenas dos chamados TPO (Territórios Palestinos Ocupados) pode levar-nos a considerar um binômio mais ou menos “dado”, a saber, “Palestina vs Israel”. Nesta perspectiva, uma vasta gama de publicações sobre o tema pode ser encontrada, tomando, grosso modo, “Israel” como algo dado, em termos de territorialidades, e “Palestina” como algo, de certa forma, “incerto” nos mesmos termos. Grosso modo, uma breve revisão bibliográfica do tema pode apresentar de forma bastante clara um certo “lugar comum”, principalmente no que se refere à expressões locais de territorialidade e identidade, e o modo com estas são expressas em textos. De modo geral, alguns autores parecem essencializar os diferentes espaços, de modo a pensar o binômio “Palestina x Israel” como algo basicamente dado, sem considerar categorias nativas de territorialidade e a maneira como operam. Dito de outra forma, é possível observar que “Israel”, em termos de constituição enquanto Estado e delimitação cartográfica, é tomado comumente como algo “dado”, “óbvio” e, muitas vezes,“intocável”, “imutável”. Na outra mão, no entanto, não parece haver uma coesão terminológica para se referir à Palestina, que é, muitas vezes, apontada apenas como “Territórios Ocupados”, “Territórios Palestinos”, “Cisjordânia e/ou Faixa de Gaza”. No entanto, a Palestina para os palestinos se apresenta enquanto um espaço construído cotidianamente para além dos referidos espaços, incluindo, neste sentido, o espaço “48” - reconhecido pela Comunidade Internacional como pertencente ao Estado de Israel. Em outras palavras, expressões locais palestinas de territorialidade não operam, nesta perspectiva, nesta esfera “rígida” de territorialidades e expressões identitárias. Com isto, a partir deste trabalho, pretendo demonstrar como se reifica esta rigidez cartográfica em trabalhos diversos, contraponto, ao mesmo tempo, dados construídos durante meu trabalho de campo na Palestina. Pretendo, com isto, apresentar um dos pontos diferenciais, em relação a trabalhos prévios, presentes na confecção de minha tese de doutorado, sobre mobilidade entre diferentes espaços a partir de músicos na Palestina. 

Palavras-chave: Palestina, cartografias, territorialidade.

 

DIÁSPORA PALESTINA EM SÃO PAULO

 

Juliana Ferreira de Carvalho (UFOP)

 

Em 1948 forças israelenses desabrigaram cerca de 500 mil palestinos que se espalharam em países vizinhos e, atualmente, seus descendentes têm se espalhado pelo mundo. Mesmo nascidos em outros países, esses descendentes são considerados palestinos e ainda lutam pela possibilidade de retorno às terras que foram tomadas de suas famílias em uma invasão violenta e cruel. Diante da tentativa de apagamento de um povo, a luta perdura por reconhecimento da identidade palestina e a preservação de sua memória. É uma luta pelo passado, enquanto negação à memória “oficial”, e também pelo presente, enquanto reivindicação pelo retorno às terras ocupadas por Israel. A discussão do presente artigo tem como base os resultados de entrevistas realizadas para um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), ainda em produção, que consiste em um livro-reportagem sobre imigrantes e refugiados palestinos que vivem na capital de São Paulo. A partir de um estudo aprofundado sobre a questão palestina e de entrevistas com três personagens vindos da Síria, Iraque e Líbano, observou-se que existe uma identidade palestina que resiste em pequenos atos do cotidiano dessas pessoas. Nenhum dos entrevistados nasceu, de fato, na região da Palestina, e sequer já foram ao local. Mesmo assim, o sentimento de pertencimento à nacionalidade palestina é o tempo inteiro reiterado, sobretudo a partir dos acontecimentos da nakba, os quais suas famílias viveram.

Palavras-chave: Palestina; memória; identidade; nakba.

 

VIDAS QUE SOFREM, VIDAS QUE IMPORTAM: COMPAIXÃO, SOLIDARIEDADE CIVIL E VISIBILIDADE DO REFÚGIO PALESTINO EM UMA OCUPAÇÃO PAULISTANA

 

 Helena de Morais Manfrinato Othman (USP)

 

Resumo Em finais de 2015, o conflito sírio passou por um processo de midiatização no Brasil, com um forte sentido humanitário acerca dos refugiados de guerra. Nesse contexto, nascia a ocupação Leila Khaled, em São Paulo, a primeira a abrigar dezenas de refugiados palestinos, que se tornou, imediatamente, objeto de interesse humanitário e político. O refugiado do conflito sírio foi enquadrado (BUTLER, 2015) como vulnerável, passível de compaixão, atraindo inúmeros voluntários e doações para a ocupação. Essa imagem, ou enquadramento, vinculou moralmente o “corpo estrangeiro” à narrativa do sofrimento de guerra, configurando um olhar compassivo e receptivo a essa população. Ao contrário do que as narrativas e imagens vinculadas no pós-11 de setembro fizeram, quando a população muçulmana foi associada ao terror religioso, numa retórica “nós versus eles”, o refugiado foi incorporado como uma diferença aceitável e até desejável no país. Essa percepção, no entanto, foi entendida como uma “prática objetificante” (ASAD, 1973) pelos palestinos, em nada condizente com a sua percepção de si, colocando em questão essa forma de visualizar a diferença a partir de um imaginário orientalista. Meu objetivo, neste paper, é colocar essas formas de visualização da diferença sob o crivo crítico dos palestinos, e sua auto-percepção enquanto um povo forte e resistente, e, ao mesmo tempo, descrever como, a partir delas, foram produzidas relações e modos de participação política e econômica para os mesmos.

 

ENTRE TENSÕES IDENTITÁRIAS E CONSTRUÇÕES HISTORIOGRÁFICAS: O CONFLITO ISRAEL-PALESTINA

 

Débora Luiza Pereira e Letícia Zanella Sais

 

História e identidade, tanto individuais como coletivas, não existem isoladamente, são mutuamente constituídas por encontros entre culturas e narrativas, sendo que o discurso histórico produz uma identidade social. A partir dessas noções, o trabalho em questão visa abordar o conflito Israel-Palestina como entrelaçado a história e identidade, problematizando ambos os conceitos, que se vinculam não só a questões culturais e territoriais, mas a discursos e narrativas sobre o confronto político e sua violência. Revisando algumas contribuições, principalmente, do campo da Antropologia e da História, pretende-se trazer reflexões sobre o antagonismo mencionado, suas implicações históricas e o modo como as culturas participantes dialeticamente criaram-no e criam-se a partir de assimetrias de poder entre Ocidente e Oriente.

Palavras-chaves: Conflito Israel-Palestina. Identidade, História.

 

CONDIÇÃO DE REFÚGIO COMO DETERMINANTE DE SAÚDE SÍRIOS EM FLORIANÓPOLIS.

 

 Massiel Lazo Rojas (UFSC )

 

A condição de refúgio constitui um tema relevante no âmbito das migrações internacionais contemporâneas. Esta modalidade migratória trata de diversos tipos de deslocamento forçado que tem como precedentes guerras, violência, situações políticas e diversas histórias de sofrimento, que são institucionalmente condensadas numa condição jurídica de fixação territorial de trajetórias de vida, toda vez que ao optar pelo visto humanitário os migrantes são impedidos legalmente de voltar para os seus locais de origem. Diante a dor do não retorno o presente projeto de pesquisa tem como objetivo indagar na condição de refúgio como um determinante de saúde entre refugiados sírios no Brasil. Especificamente, como se manifestam os desafios pós-migração na saúde dos refugiados sírios que moram Florianópolis? O sofrimento dos refugiados é constantemente associado a condições de vulnerabilidade, tanto nas pesquisas científicas como nos discursos institucionais que tratam o tema. Se constata uma ausência de trabalhos etnográficos que perscrutam as lógicas engendradas por esses mecanismos, tidos aqui como mecanismos de recepção, adaptação e integração desses refugiados no Brasil, além de ser igualmente inédito o estudo antropológico da perspectiva para além do ponto de vista institucional, ou seja, a partir da experiência subjetiva do refúgio e de seus sujeitos. A violência política dista de ser esporádica nas nossas sociedades, o qual nos leva a entendê-la como um modo de relação que constrói identidades e saúde específicos.

Palavras-chave: Refúgio, Saúde, Gurbah.

 

Sessão 2 - 11 de outubro de 2019 – 8h30min às 11h30min


 

UM CHILE PALESTINO: DIÁSPORA E IDENTIDADE PALESTINA NO PAÍS SUL-AMERICANO

 

 Bárbara Caramuru Teles (UFSC)

 

O termo globalização concerne a intensificação das relações globais. Segundo Gustavo Lins Ribeiro (2011), referente á circulação de pessoas, coisas e informações. Ao contrário do que foi popularizado, esse fenômeno, globalização, trata- se da potencialização desse processo e não de um “surgimento” ocorrido no final do século XX, ou uma originalidade pós queda do Muro de Berlim. (RIBEIRO, 2011, p.7). O presente trabalho objetiva compreender, a luz de uma bibliografia específica acerca do tema aqui desenvolvido, como a discussão sobre o processo da “globalização” e, ainda, sobre a circulação de pessoas pode colaborar com a reflexão sobre a condição de refugiados palestinos, especificamente aqueles que chegaram ao Chile em 2008, através das políticas de reassentamento do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, ACNUR. Para tal, este ensaio se desenvolverá sobre dois eixos: o primeiro, apresenta a trajetória de dois grupos de palestinos, com os quais trabalhei previamente, durante o campo etnográfico realizado em Santiago do Chile, nos anos de 2015 e 2016. Com o intuito de problematizar as diferentes ondas de migração palestinas para o Chile e suas especificidades, buscarei contrastar a diferença entre os dois principais períodos de imigrações palestina na região, sendo o primeiro no final do século XIX e início do XX, e o segundo momento, pós ocupação israelense. Considerando a potencialização da imigração palestina após a Al-Nakbah, no ano de 1948, problematizarei essa diáspora moderna (pós-segunda guerra/pós-Nakbah) enquanto uma potencialização de um processo mais antigo, previamente questionado por Ribeiro e demais autores. O segundo eixo tem por finalidade problematizar o conceito de diáspora, a partir de Stuart Hall, (2013[1998]) buscando entender os palestinos como uma comunidade diaspórica, problematizo o fluxo de pessoas e questões fundamentais a esse grupo de refugiados tais como noções de pertencimento, identidade cultural, hibridismo e tradição.

Palavras-chave: Diáspora, Palestina, Chile

 

PORTUGUÊS PARA MULHERES ÁRABES EM SITUAÇÃO DE REFÚGIO NA CIDADE DE SÃO PAULO – PRIMEIROS DADOS

 

Raquel Heckert César Bastos

 

Trabalhando como coordenadora de um curso de português para refugiados árabes na cidade de São Paulo, comecei a perceber o quão distante o material usado para ensinar a língua estava das necessidades dos nossos alunos, especialmente das alunas. Percebi que a bagagem cultural que traziam designava papéis diferentes para homens e mulheres, acarretando em uma demora maior para elas aprenderem a língua do que para eles. Comecei a questionar-me se elas percebiam essas diferenças e como seria, na perspectiva delas, um material didático que suprisse suas necessidades de Língua Portuguesa. A partir de uma perspectiva crítica de Língua de Acolhimento (Lopez, 2015; ANUNCIAÇÃO, 2017; BIZON; CAMARGO, 2018) e de uma proposta de Linguística Aplicada Indisciplinar (MOITA LOPES; 2006), propus-me a escutar as minhas alunas. Um questionário, respondido por 20 alunas, e um grupo focal, do qual participaram 5 mulheres, foram os instrumentos utilizados para realizar essa escuta. Neste trabalho, apresento alguns apontamentos que surgiram a partir dos registros gerados, os quais fazem parte de minha pesquisa de mestrado. Por meio dos questionários, percebe-se a importância da família no aprendizado de português, sendo que os contextos mais citados estão relacionados a escola dos filhos e a saúde. Nos grupos focais, esses conceitos se aprofundam e a importância das tecnologias no dia-a-dia dessas mulheres se destaca.

Palavras-chave: Português Língua de Acolhimento; Refúgio; Mulheres Árabes.

 

CONSIDERAÇÕES SOBRE HISTÓRIA: COMO É REMONTADA E INTERPRETADA A HISTÓRIA DO PERÍODO KOFUN POR BRETT L. WALER.

 

Nicolle de Souza Andrade (UFSC)

 

A partir da análise do primeiro capítulo do livro “A Concise History of Japan” de 2016, de Brett L. Walker, traz-se problemáticas quanto a posição do pesquisador no desenvolvimento do trabalho com Mariza Peirano, 2014. Pensando, então, a definição de modelo ocidental de história por Lília Schwarcz, 2005, contemplando, ainda, questões quanto a pluralidade da história, apresentando as explorações de Michael Herzfeld, 2014, sobre a história além do que é escrito. Por fim, questionando se a obra em questão, se enquadra nos padrões do orientalismo, proposto por Edward Said, 1990, deslocando o Japão para o conceito de Dipesh Chakrabarty, colocando-o, então, como subalterno referindo-se a dominação da história escrita japonesa, partindo da China e Coreia. 

Palavras-chave: Modelo ocidental de história, Orientalismo, Subalterno.

 

INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS E POLÍTICAS PÚBLICAS DE ACOLHIDA HUMANITÁRIA

 

Matheus da Silva Kich1  (UFPR)

 

Este trabalho tem como objetivo compreender algumas trajetórias dos agentes que transitam entre determinadas esferas deliberativas e consultivas, entre elas ONGs nacionais e internacionais, a sociedade civil e as entidades estatais, com maior atenção à análise dos discursos e práticas do que é entendido como caridade. Portanto, o foco do trabalho está em instituições como a Cáritas, uma confederação humanitária da Igreja Católica, responsável por exercer importante atuação no atendimento e integração aos refugiados em grande parte do território brasileiro, e as motivações morais e religiosas com que a instituição leva seu trabalho direcionado aos venezuelanos em busca de refúgio na cidade de Curitiba. A metodologia de pesquisa consiste, em primeiro lugar, num levantamento bibliográfico de pesquisas sobre migração e refúgio em contextos diversos no Brasil, pesquisas quantitativas sobre a população migratória venezuelana, relatórios da ONU, leis e outros aspectos da área jurídica. Este levantamento, é complementado por um campo etnográfico para aprofundar dados de caráter qualitativo acerca do fenômeno na capital paranaense, principalmente através da observação participante. A partir destas abordagens se produz uma descrição de algumas situações chave nas quais se observam as interações entre grupos de vínculo religioso que atuam na área do acolhimento humanitário, e de venezuelanos buscando um recomeço de suas vidas através do deslocamento. A partir da pesquisa, o trabalho esboçou duas principais conclusões preliminares. A primeira é que a região sul do país recebe grandes contingentes de migrantes e caracteriza-se como um fértil palco para a atuação de ONGs e de formulação de políticas públicas. A segunda diz respeito ao modo como repertórios religiosos bíblicos, sobretudo do Novo Testamento, são utilizados pelas organizações com vínculo católico para dar sentido e motivação a seu trabalho junto aos migrantes que buscam um novo lar.

Palavras-chave: Migração, religião, etnografia.

 

A CASA LIBANESA: VIVÊNCIAS DE FRONTEIRA NO MUNDO DOS OBJETOS

 

Angela Ferreira (UFSC)

 

Os registros sobre a presença libanesa na conhecida “tríplice fronteira” que une Brasil, Paraguai e Argentina remontam aos anos de 1950 com a chegada das famílias dos imigrantes Youssef Hassan El Nissr e Ibrahim Barakat à cidade de Foz do Iguaçu no estado do Paraná (Cardozo & Demczuk, 2015). Depois deles vieram outras famílias e atualmente mais ou menos 15.000 libaneses e seus descendentes vivem, estudam e trabalham na região. Por meio da comunicação em sua língua, o árabe libanês, os(as) imigrantes libaneses realimentam a sensação de pertencer a seu lugar de origem e a sua cultura, ao mesmo tempo que experienciam novas vivências e novas identidades. Não é só a língua que evoca essa sensação de pertencer, os ambientes também. A casa libanesa é marcada pela presença de uma variedade de objetos que carregam, cada um, significado e valores peculiares à cultura e modo de vida dos(das) imigrantes libaneses. Essa variedade de objetos encontrados na casa libanesa, nos possibilitam criar categorias por meios das quais, a identidade cultural, o afeto, a memória são acionados constantemente. É nesse cenário e diante de uma abordagem de observação participante, que entramos no mundo dos objetos de uma casa libanesa na “tríplice fronteira”. Nela encontramos objetos de herança, objetos protetores, objetos de afeto, objetos de memória, entre outros tantos que de alguma forma remontam e ressignificam a sensação de pertencer ao Líbano e também a esse lugar que é Foz do Iguaçu no Brasil.

Palavras-chave: objetos, imigrantes, libaneses

bottom of page