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MOSTRAs

AUDIOVISUAL / fotográfica

Título:  Deslocando olhares e saberes: migrantes haitianos e senegaleses em Florianópolis (SC) 
Nome completo: Janaina Santos de Macedo

 

O presente trabalho tornou-se possível a partir dos deslocamentos de pessoas, olhares e mundos que as migrações proporcionam. Assim o trabalho etnográfico para a feitura de uma tese de doutorado proporcionou encontros e diálogos transnacionais tecidos pelas diásporas haitiana e senegalesa em Florianópolis. Alguns destes encontros foram registrados em imagens que colocam em evidência o protagonismo de homens e mulheres vindos do Haiti e do Senegal, bem como os múltiplos mundos em que coexistem, os sucessivos atravessamentos de fronteiras físicas e simbólicas e as diversas formas de tecer conectividades no contexto diaspórico. Para além disso, como as imagens deixam ver, seus deslocamentos criam narrativas que são ao mesmo tempo poéticas e políticas de existência em tempos de mundos em ruínas, buscando horizontes imaginativos em que novas formas de existir e resistir são não apenas alternativas mas necessidades que acionam cosmopolitismos dissidentes e propõem novos movimentos e diasporizações.

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Pensando em estabelecer uma relação entre o objeto fotográfico, o audiovisual e a pesquisa de campo (pesquisa acadêmica), propõe-se em fazer uma roda de conversa com os pesquisadores que irão apresentar suas comunicações em ambos formatos, com o intuito de dialogar sobre o processo de campo, do registro e até mesmo do diálogo e desafios da imagem no campo da pesquisa, assim, fortalecendo esse método.

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RODA DE CONVERSA: O processo de registro no campo, fotografia e vídeo.

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Dia 09 às 13h15min das 15h45min (2h30min) – Quarta-feira
Local: Hall do CFH
Mostras fotográficas | Mediadora: Edilma do Nascimento
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Título: Imagens, ruínas e mundo por vir: deslocamento pelos lugares e corpos tikmũ,ũn
Nome: Douglas Ferreira Gadelha Campelo


A maior parte das fotos escolhidas para compor este ensaio fotográfico foram capturadas nos períodos que se aproximavam do término de um trabalho de campo que realizei em diferentes aldeias tikmũ,ũn no nordeste de Minas Gerais ao longo dos anos de 2014 a 2016 para o desenvolvimento da minha tese de doutorado. De uma certa forma, me interessava, inspirado nas estórias que emanavam dos lugares habitados pelas pessoas tikmũ,ũn nas zonas limítrofes entre o sul da Bahia e o nordeste de Minas Gerais. Vivendo em uma terra tomada por capim colonião me perguntava quais as estórias podiam emanar dali. O que os entrelaçamentos da malha composta por pessoas tikmũ,ũn, fazendeiros, órgãos indigenistas, comerciantes, capim, vacas, bois e espíritos teriam a nos revelar sobre esse contexto etnográfico?

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Mostras convidadas:
Momento Liminar- Itapororoca-PB, Dezembr
Título da Mostra: Além das Cores 
Edilma do Nascimento (NEPI/UFSC)

Um pequeno parágrafo de 3 a 5 linhas contanto um pouco sobre esse trabalho: As fotografias escolhidas para compor este ensaio visual, fazem parte do acervo da pesquisa etnográfica, realizada com pessoas ciganas Calon na Paraíba. Como objetivo central deste ensaio, trago à cena uma proposta de percepção dos ciganos a partir de uma visualidade em preto e branco. Com a pretensão de contrapor ideias que tendem a estatizar estéticas e estereotipar modelos sobre pessoas ciganas a partir de uma narrativa sobre “colorido”, que seleciono alguns registros de instantes do cotidianos destas pessoas.  “Além das Cores”, trata de uma exposição de cenas da vida e dos cenários, os quais estive observando durante estes anos, ser cigano não está imbricado a presença de cores, nem de uma determinada representação, mas numa elaboração de vida que se dá na relação entre pessoas Calon.

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Énh Ávanh | Meu Olhar [retratos] Por Ítalo Mongconãnn 

 

A exposição fotográfica Énh Ávanh | Meu Olhar [retratos], reúne 20 fotografias feitas na Terra Indígena Laklãnõ no município de José Boiteux, durante os anos de 2013 à 2015, e na cidade de Florianópolis no ano de 2017. As fotografias foram feitas por Ítalo Mongconãnn, Cineasta indígena pertencente ao Povo Xokleng/Laklãnõ e curador dessa exposição, que traz retratos de moradores das aldeias em dias de cotidianos, em dias de manifestações culturais, quais buscam subsistência e também ocupar diversos espaços. Os retratados nessas fotografias, são indígenas de diversas etnias. Acrescento algumas fotografias feitas durante as manifestações de maio de 2019 em Florianópolis. 

A exposição fotográfica busca reforçar a importância de resgatar e divulgar a luta e sobrevivência dos povos originários, além de apresentar para a sociedade não indígena, conhecimentos acerca do patrimônio cultural desses povos quase dizimados, também, reconhecer e revitalizar as memórias através das imagens. Pensando nisso, busca-se com esse projeto quebrar barreiras impostas pelos meios de comunicação de massa quando impõe que os índios são seres viventes da mata que se alimentam da caça e da pesca, propondo fazer alguns questionamentos envolvendo políticas públicas, educação, cultura e outras formas de se pensar em um desenvolvimento para as sociedades indígenas e claro, quebrar barreiras de pré-conceitos que vem crescendo nos últimos tempos. 

Nesse sentido, pretende-se com essa exposição, fornecer subsídios para o ensino de História e Cultura Indígena nas escolas não indígenas, amparado pela Lei 11654/2008, uma vez observado que os professores das escolas não indígenas que ou quando lecionam as questões sobre os povos originários, não tem um conhecimento necessário para abordar sobre questões indígenas com os alunos, ficando muitas vezes na superficialidade e estereótipos desses povos. 

A exposição tem o objetivo maior em homenagear os verdadeiros guerreiros que resistiram as políticas e opressões de poderes gananciosos, além de se destinar em especial, para os acadêmicos indígenas que estudam nesta universidade (UFSC), como forma de apoio, incentivo e mostrar que nosso movimento resiste. 

Essa exposição circulou por diversas cidades de Santa Catarina, galerias de arte renomadas em Curitiba e tem convites para São Paulo e Uruguai. E é com imensa satisfação que a exponho na UFSC. A mesma surgiu através do convite da Associação o Brasil é Minha Aldeia – ABRAMA em Outubro de 2018, na cidade de Blumenau – SC. Lembro que este projeto tem caráter inédito, por ser colocado o olhar do indígena para os povos indígenas, e não, o olhar do não indígena para o indígena. 

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sobre-posições

​Priscila Oliveira dos Anjos, Bárbara Silva de Jesus & Jera Poty, Ivan Gomes & Gabriela Rudnick

“Antropologia, vidas em ebulição e mundos em ruínas…”. O mote, que resume o tema escolhido coletivamente para as Jornadas Antropológicas de 2019, nos desafiou a pensar  imagens para a composição da identidade visual do evento. Em uma tentativa de encontrarmos nas cidades representações dessas vidas em ebulição em um mundo em ruínas realizamos saídas fotográficas pensando em uma futura sobreposição de fotografias.

Priscila Oliveira dos Anjos

As três imagens trabalhadas por uma projeção de imagens em tapumes ocorreu em Florianópolis, a cidade onde as requalificações dos espaços públicos são projetadas ignorando os diversos fluxos de pessoas e suas diferentes formas de uso desse espaço. A obra de requalificação do Largo da Alfândega, por exemplo, que completa um ano em outubro de 2019, cerceia, por meio de seus tapumes, todo um espaço ocupado anteriormente por uma vida pulsante no centro da cidade. Essa vida se constrói agora em todo seu contorno, seja por cartazes que apontam para os novos locais das atividades comerciais que aconteciam ali, por ocupação de novos comerciantes informais ou por grafites que evocam imagens de uma antiga ocupação daquele espaço. As fotografias, então, foram pensadas a partir deste local cercado, por meio do que ele sinaliza.

 

Bárbara da Silva de Jesus & Jera Poty

 

Fotografar a cidade usando o tema das Jornadas Antropológicas 2019 foi um exercício próximo àquele de dar nome a sentimento. Para produzir o ensaio, nós precisamos caminhar na realidade, exercitar o olhar e a leitura da paisagem. Esse movimento nos ajudou a compreender, mesmo que ainda de uma forma abstrata, um pouco do espaço-tempo onde estamos inseridos. Foi uma tentativa de racionalizar ou traduzir os sentimentos que a gente carrega enquanto anda entre lugares. As imagens que produzi contrastam o ambiente cimentado urbano de Florianópolis com a vida mbya na mata, nas aldeias Piraí, Tarumã e Ka’aguy Porã.

 

Gabriela Rudnick & Ivan Gomes

.ilha tem limite: diferente da capacidade generativa dos processos de autorreasselvajamento multiespécie e habitabilidades entre ruínas; extrapolando os limites de Desterro, perambulamos por aí para contar, em três quadros, algumas histórias de entroncamentos entre projetos distintos de fazer mundo: c³ - carne, concreto e clorofila; taskscape 1 - talvez o olhar já queria encostar e eu enxergue com as mãos ; taskscape 2  - tarrafada furta-cor, ou colorindo cimento.

Dia 10 às 17h15min das 18h30min (1h15min) - Quinta-feira
Local: Auditório do bloco F do CFH

Mostra audiovisual | Mediadores: Elis do Nascimento, Ítalo Mongconãnn,

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Título:  Anthropologies of the World: Conversations.
Nome: Caroline Mariga, Nicolly Mendonça, Gabriel Sabanay, Cristhian Caje

Sinopse: Em 2018, realizamos a 6a Reunião Bienal da WCAA na cidade de Florianópolis, Brasil, para compartilhar e discutir informações sobre a promoção da antropologia internacionalmente. O evento foi uma oportunidade para o debate científico sobre cooperação e disseminação de conhecimentos antropológicos. Reunimos algumas das conversas sobre os tópicos apresentados na forma de entrevistas para facilitar a divulgação das informações. Esta série audiovisual é, portanto, um esforço para apresentar os contextos locais de cada antropólogo, incluindo as mudanças atuais nos programas e projetos educacionais em desenvolvimento em diferentes locais do mundo.

 

Duração: 15 min.

Legenda: Português

Ano: 2019

Diretor: Grupo NAVI

Link de trailer:   https://www.youtube.com/channel/UCO068EJ2xEqHaUXIqqtFuQw

Título:  Deslocando olhares e saberes: migrantes haitianos e senegaleses em Florianópolis (SC) 
Nome completo: Janaina Santos de Macedo

 

O presente trabalho tornou-se possível a partir dos deslocamentos de pessoas, olhares e mundos que as migrações proporcionam. Assim o trabalho etnográfico para a feitura de uma tese de doutorado proporcionou encontros e diálogos transnacionais tecidos pelas diásporas haitiana e senegalesa em Florianópolis. Alguns destes encontros foram registrados em imagens que colocam em evidência o protagonismo de homens e mulheres vindos do Haiti e do Senegal, bem como os múltiplos mundos em que coexistem, os sucessivos atravessamentos de fronteiras físicas e simbólicas e as diversas formas de tecer conectividades no contexto diaspórico. Para além disso, como as imagens deixam ver, seus deslocamentos criam narrativas que são ao mesmo tempo poéticas e políticas de existência em tempos de mundos em ruínas, buscando horizontes imaginativos em que novas formas de existir e resistir são não apenas alternativas mas necessidades que acionam cosmopolitismos dissidentes e propõem novos movimentos e diasporizações.

Título: Vender Torta Frita no pôr do Sol: Rotina do trabalho de uma vendedora de comida de rua nas ruas do interior do Uruguai
Nome completo: Larissa Mattos da Fonseca

 

Luz del Alba, vendedora de rua cujo nome parece premeditar sua rotina de trabalho, vende deliciosas e crocantes tortas fritas, uma comida singela das ruas uruguaias, nos finais de tarde da pequena cidade de Rio Branco/UY. Uma pequena cidade na fronteira Brasil-Uruguai que abriga o pequeno carrinho de lata, feito pelo marido da vendedora, que vende as mais famosas tortas fritas dessa região de fronteira.

  O ensaio fotográfico “Vender Torta Frita no pôr do Sol: Rotina do trabalho de uma vendedora de comida de rua nas ruas do interior do Uruguai” acompanha a sequência de trabalho das mãos de Luz del Alba da massa frua à massa frita buscando demonstrar a rotina de preparo e venda de uma comida de rua. O carrinho de torta fria abre apenas aos finais de semana, dias em que a pequena praça da cidade está lotada de pais e mães cuidando de crianças brincando, gente saindo dos bailes que acontecem no clube que fica bem em frente à praça ou apenas mateando ao pôr do sol. 

Ensaio realizado em colaboração com o LEEPAIS (Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som) da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), no segundo semestre de 2014 sob orientação da Profa. Dra, Claudia Turra Magni. 

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